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Os carros mais caros do mundo esbanjam tecnologia

Bugatti Veyron Super Sports – US$ 2.400.000

O suprassumo dos carros esporte, o Bugatti Veyron foi desenvolvido para ocupar o trono de carro mais rápido do mundo com produção em série – e alcançou seu objetivo. Em uma medição feita em julho de 2010, o Veyron alcançou 437 km/h. A velocidade máxima do carro, no entanto, é limitada eletronicamente em 408 km/h, para que não ocorram danos aos pneus.

Velocidade: muito além da concorrência

Para manter tal patamar de velocidade, esse supercarro conta com diversos truques tecnológicos. A aerodinâmica, por exemplo, foi moldada em três formas diferentes de rodagem, alteradas automaticamente pela velocidade do automóvel:
Bugatti Veyron: o suprassumo da velocidade sobre quatro rodas. (Fonte da imagem: Car and Driver)
1º - em velocidades baixas (até 220 km/h), o Veyron não sofre alteração aerodinâmica. O assoalho se mantém a 12,5 cm do solo, com o aerofólio recolhido.
2º - ao chegar a 221 km/h, a suspensão baixa o automóvel automaticamente até 9 cm do chão. Nessa velocidade, o aerofólio é liberado e sobe suavemente até a posição final. Nesse modo, o carro pode chegar a 350 km/h.
3º - para chegar à velocidade máxima do Veyron é necessário que o piloto, com o carro parado, acione um sistema de segurança que faz a aferição de todos os equipamentos de proteção do carro. Com isso o carro, ao atingir mais de 351 km/h, baixa para a altura de apenas 6,5 cm do chão, o aerofólio se retrai e os difusores de ar da parte frontal são fechados, garantindo um ganho de desempenho (pela diminuição com o atrito do ar), mas reduzindo a estabilidade do automóvel.

Integração: um cérebro à parte

Navegação GPS, conectividade Bluetooth e um computador de bordo são apenas algumas das funcionalidades tecnológicas presentes de fábrica no Bugatti Veyron. O automóvel vem com um PDA iPaq HX2000 da Hewlett-Packard, que utiliza um firmware customizado e roda um software chamado Bugatti View, que permite ao piloto visualizar em tempo real diversas condições do carro.
 
Console: sem controles destacados, tudo está integrado ao veículo. (Fonte da imagem: Car and Driver)
Entre as possibilidades presentes estão: conexão Bluetooth, pressão nos quatro pneus, relatório de uso de motor, velocidade média, aceleração lateral e longitudinal, temperatura dos pneus, navegador GPS e muito mais.

Espelho retrovisor: uma extensão do GPS

 
Espelho retrovisor com câmera de ré e GPS. (Fonte da imagem: Car and Driver)
Quem compra um carro quer funcionalidade, mas quem compra um carro na casa de valor dos sete dígitos quer exclusividade. O retrovisor do Veyron exibe a navegação do sistema de GPS, colocando a visualização da rota no lugar mais fácil de ser enxergado durante a pilotagem.

Pagani Zonda Clinque Roadster – US$ 1.850.000

Se você gosta de exclusividade, acaba de encontrar seu sonho de consumo. O Pagani Zonda Clinque Roadster foi limitado a apenas cinco unidades produzidas, o que não quer dizer que você não possa comprar uma.
Escapamento central para manutenção do equilibrio do carro. (Fonte da imagem: Pagani)

Carbono, titânio e magnésio: combinação leve

Um dos maiores diferenciais do Clinque Roadster é o peso. O conjunto pesa 1.210 kg sem combustível e passageiros. O chassi monocoque (peça única) feito em fibra de carbono enleado com fios de titânio é um grande responsável pela leveza, mas o sistema de suspensão de magnésio e titânio também ajudam.

Um carro para várias situações

Quem compra o Clinque Roadster não quer um carro de brinquedo, que não pode ser usado. Por isso, a Pagani desenvolveu uma caixa de marchas sequenciais  robotizadas, que aliada ao sistema de suspensão ajustável, o qual eleva ou abaixa o carro conforme a necessidade do piloto, permite que você dirija suavemente – mesmo em uma região com alguns buracos.

Aceleração é tudo. Desaceleração também!

A distribuição ideal de peso para o Clinque Roadster é de 47% do peso na parte da frente e 53% atrás. Esse balanceamento, aliado ao perfil aerodinâmico e ao motor V12 de 678 cv, faz com que o carro consiga acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos, e de 0 a 200 em apenas 9,6 segundos.
Um espaço interno digno de um piloto rei. (Fonte da imagem: Pagani)
Em contrapartida, os freios Brembo, que utilizam um sistema feito com carbono e cerâmica, e é autoventilado, consegue parar completamente o carro a partir de uma velocidade de 100 km/h em apenas 2,1 segundos.

Koenigsegg Agera R – US$ 1.600.000

No Salão do Automóvel de Geneva de 2011, a Koenigsegg apresentou o novo Agera R, inspirado pelo desenho Speed Racer. Após diversos testes, diversas mídias especializadas chamaram o Agera R de o “Hipercarro do Ano”, e estes foram alguns dos motivos:
Koenigsegg Agera R: nome difícil, mas não tão díficil quanto encontrar um na rua. (Fonte da imagem: Koenigsegg)

Sem problemas com pneus e velocidade

Se o Veyron tem um limitador de velocidade para não danificar os pneus, o Agera R tem pneus especiais para não limitar a velocidade. Isso quer dizer que o veículo pode atingir velocidades superiores a 420 km/h sem risco – exceto o risco inerente de se estar dirigindo nessa velocidade.
Isso só aconteceu pois a Koenigsegg foi escolhida pela Michelin para ser sua parceira oficial. Assim, com acesso privilegiado, a empresa conseguiu desenvolver um bólido que aproveitasse ao máximo a limitação dada (ou removida, nesse caso) pelos pneus.
Por motivos de segurança, ainda há um limitador de velocidade no Agera R. Se o piloto quiser ir além do limitador, é necessário preencher um formulário legal junto à fabricante, que dá o direito de exceder a velocidade máxima uma única vez. Após feito isso, o sistema de bloqueio é automaticamente efetuado novamente.
Uma curiosidade: o Agera R possui, teoricamente, a velocidade máxima de 442 km/h, superando o Bugatti Veyron. Entretanto, a aferição oficial ainda não foi feita, deixando o Veyron com o título de mais rápido até o momento.

Carro a etanol não é apenas carro popular

Vislumbrando um futuro não muito distante, a Koenigsegg produziu o Agera R para rodar com o E-85. A performance do carro é maior usando biocombustível que usando combustível comum, pulando de 900 cv usando gasolina para mais de 1100 cv usando etanol. O motor em questão é um V8 5.0 bi turbo, que pesa apenas 197 kg.
Vista interna do Agera R (Fonte da imagem: Koenigsegg)
O tanque de combustível (feito em fibra de carbono) também é pensado levando em consideração a performance do carro, colocado em uma posição central do modelo. Dessa forma não há variação de peso, não importando se o nível de combustível está alto ou baixo.

Pouco peso é fundamental

O chassi do Koenigsegg Agera R é um monocoque (peça única) inteiro produzido com fibra de carbono. O tanque de combustível é integrado ao chassi, reduzindo partes soltas e ajudando a reduzir o peso do conjunto. O monocoque inteiro pesa apenas 70 kg.
Juntando chassi, motor, pneus, sistema de direção e tudo mais que o Agera R tem, o peso total é de apenas 1.330 kg (peso seco, sem incluir combustível e passageiros). Isso faz com que ele seja o hipercarro mais leve homologado e em produção atualmente.
Vista superior: design é fundamental, em todos os sentidos (Fonte da imagem: Koenigsegg)

Diferencial Eletrônico

Não, não estamos falando do diferencial em eletrônica do carro. Não literalmente, pelo menos. O diferencial é um sistema que corrige a rotação das rodas de acordo com variáveis como resistência e manobras que o carro efetua. Para imaginar, lembre que um círculo girando tem velocidade maior na parte externa que na interna. Um carro em uma curva segue o mesmo princípio, com velocidade maior nas rodas externas que nas rodas internas da elipse.
Para melhorar o sistema, o Koenigsegg Agera R possui um sistema de diferencial eletrônico (normalmente esse sistema é mecânico) que leva em consideração o ângulo da curva, força G, inclinação da direção, velocidade do carro, rotações por minuto do motor, marcha e condições climáticas para ajustar a manobra. Tudo é trabalhado automaticamente por um computador de bordo, sem que o piloto precise se preocupar.

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