1. Carros do Google sem motorista
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde publicados em 2011, o trânsito é responsável por mais de 1 milhão de mortes todos os anos no mundo. Agora, você deve estar se perguntando: essa estatística é culpa dos motoristas ou dos automóveis?
Infelizmente, o fator de risco está muito mais associado à pecinha que se encontra atrás do volante do que propriamente à engenharia dos carros. Para o bem da humanidade e para tentar dar um basta nessa situação, adivinhe quem resolveu comprar essa briga: ninguém menos do que o Google.
Os carros sem motorista já vêm sendo testados — e com sucesso — desde 2010 nos Estados Unidos. Atendendo pelo nome de Google Cars, os veículos rodaram mais de 1,5 mil km sem nenhuma intervenção humana e cerca de 230 mil km (o suficiente para dar quase cinco voltas em torno do raio da Terra) com eventuais participações do motorista.
Todo esse percurso foi feito de maneira segura, graças a um software de inteligência artificial capaz de detectar toda a área em volta do carro e copiar as decisões feitas por um ser humano. Ironicamente, o único acidente foi culpa de um motorista de outro carro, que atingiu o Google Car na traseira quando este parou em um semáforo.
Segundo os engenheiros responsáveis pelo projeto, robôs reagem mais rápido do que humanos, têm percepção de 360º, não ficam com sono nem embriagados. Além disso, a câmera integrada consegue captar movimentos de pedestres, ciclistas ou o que mais estiver no caminho, ajudando assim a esquiva do veículo.
No final de junho de 2011, o Estado de Nevada, nos Estados Unidos, foi o primeiro a regulamentar a circulação de carros com piloto automático e sem condutor — um grande passo para o início do comércio desse tipo de automóvel. Será que até 2020 vai ser comum olhar para o lado e não ver ninguém na boleia?
Se depender do Google, no futuro cada um terá seu próprio motorista... Ou, bem, quase isso.
2. Construções que voam
Direto da Austrália, em meio a cangurus e coalas, vem surgindo uma nova tecnologia que promete revolucionar o fluxo aéreo. Um balão gigantesco, em formato de disco, foi projetado para transportar até 150 toneladas de uma vez só — para se ter uma ideia, o peso suportado seria capaz de mover mansões, hospitais, estátuas ou até uma centena de carros.
Inflado com hélio (mesmo composto usado em dirigíveis), o objeto tem 150 metros de circunferência trefega a até 83 km/h, com autonomia para cruzar até 2 mil km — o que equivale a mais ou menos uma viagem entre São Paulo e Salvador.
Com a evolução da tecnologia, poderia ser possível transportar edifícios, teatros e estruturas inteiras pelos céus, sem a necessidade de construir ou reconstruir nada — uma verdadeira maravilha para o show business e construção civil.
Outra aplicação interessante para o Skylifter seria na questão de ajuda humanitária. Hoje, um helicóptero consegue carregar 20 toneladas de suprimentos, 7,5 vezes menos do que o balão conseguirá comportar
.A diferença entre o protótipo australiano e os clássicos dirigíveis está justamente na forma como o disco consegue elevar os compartimentos. Através do guindaste e cordas externas, edificações ou reservatórios enormes podem ser alçados, mais ou menos da forma como acontece com um container em um caminhão.
A área de turismo é outra que deve se beneficiar. Sobrevoos na selva amazônica ou no safári africano a bordo de um hotel de luxo móvel com certeza seriam experiências desejadas por quem pudesse pagar por elas.
Entretanto, pelas expectativas, ainda não veremos os megainfláveis tão cedo. Os primeiros testes já foram realizados com miniaturas, e o Skylifter em tamanho integral deve estar pronto somente em 2013. Bem que um teste poderia ser realizado aqui no Brasil na abertura da Copa do Mundo em 2014, não é mesmo?